sábado, 20 de novembro de 2010

A cor púrpura

Filme: A cor púrpura


Uma jovem de quatorze anos é violentada pelo pai e torna-se mãe de duas crianças. Sem poder mais procriar, ela logo é separada de seus filhos e é doada a um homem que a trata como escrava e companheira.



Ela foi abusada pelo pai, vendida a um matuto porco e ogro, a vida lhe afastou os filhos e a irmã, criou muito bem criado o filho dos outros e ainda fez amizade com a amante do marido!!!

Hoje a mulherada não é mais Amélia, e a história da dona Celie (woopy Goldberg), contribuiu para isso. Apesar da violência doméstica, o racismo e o analfabetismo, dona Celi descobre o significado da palavra SUPERAÇÃO, após envio de dois anjos em forma de capeta em sua vida. a sua nora Sofie  
(Opra Winfrey) e nada mais nada menos que a amante do seu marido, a cantora de blues Shug Avrey (margareth Avery).


O Steven Spielberg caprichou
!
Algumas pessoas só conseguem ser felizes após matarem todos os seus fantasmas, isso pode levar anos, é mais ou menos assim que se resume a história da vida de dona Celie, que teve a felicidade de provar o gostinho bom de dar a volta por cima, encarando sem medo seu maior inimigo.

A Cor Púrpura – vencedor do prêmio Pulitzer, um dos mais importantes do mundo – porque nenhum livro é tão parecido com uma “conversa de meninas” quanto esse. O romance de Alice Walker é comovente, delicado, áspero, intenso, de chorar e de rir em cada uma das suas páginas. O livro conta a trajetória de Celie, uma mulher negra americana, bastante sofrida e reprimida, que se descobre a partir de uma amizade improvável – Sug Avery, a amante de seu marido, uma famosa cantora de cabaré, torna-se sua grande aliada, confidente, e a única pessoa capaz de fazer Celie revelar a grande mulher que estava escondida pela violência e humilhações sofridas desde a infância. Além das histórias pessoais destas mulheres, o romance é um panorama lúcido e esclarecedor sobre o racismo.
Alice Walker, intelectual, militante e sobretudo, uma mulher que tem muito sentimento a revelar

Alice Walker, intelectual, militante e sobretudo, uma mulher que tem muito sentimento a revelar
O livro foi publicado pela primeira vez, nos Estados Unidos, em 1983 e logo tornou-se um grande sucesso de público e crítica. Em 1985, Steven Spielberg dirigiu a adaptação do romance e a própria Alice Walker assinou o roteiro. Esta é sem dúvida uma das mais bem sucedidas adaptações da literatura para o cinema. O filme transformou o livro em mito e ele foi traduzido para mais de vinte idiomas. A edição que eu não devolvi para titia era de 1986 – a primeira edição lançada no Brasil. Só vi o filme na TV nos anos 90, quando reli a obra. De lá para cá já reli outras tantas vezes e cada vez me surpreendo mais com a capacidade de Alice Walker de falar das e para as mulheres de qualquer lugar do mundo e de qualquer cor, posição social, religião…
Escrito em forma de diário, melhor dizendo, de cartas que Celie escrevia para Deus, o livro é um libelo aos direitos humanos e ao respeito mútuo, uma celebração da união e da solidariedade entre as mulheres, que surge sempre nos momentos mais dramáticos da vida; e, principalmente, uma bandeira levantada contra o racismo e toda torpeza dos preconceitos sociais.
A autora Alice Walker nasceu na Georgia, no sul racista norte-americano. Ela é reconhecida internacionalmente por sua participação em movimentos pelos direitos civis, principalmente das causas negra e feminina. Além de romancista premiada, é autora de contos, ensaios, poemas e vários livros infantis. Atualmente, Walker vive na Califórnia.  Sou fã de carteirinha dos seus escritos e desta grande mulher!
 


Todo o elenco de “A Cor Púrpura” se reúne pela primeira vez em 25 anos no programa da Oprah

Desreta Jackson (”Jovem Celie”), Akosua Bosia (”Nettie”), Rae Dawn Chong (”Squeak), Whoopi Goldberg (”Celie”), Oprah Winfrey (”Sofia”), Danny Glover (”Mister”), Quincy Jones, Margaret Avery (”Shug”) e Willard Pugh (”Harpo”).

Depois de reunir o elenco de “A Noviça Rebelde”, Oprah realiza também o grande encontro de todo o elenco do filme “A Cor Púrpura” (indicado a 11 Oscars).
Esse foi o primeiro filme que Oprah atuou e que foi indicada ao Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

A vida das mulheres no Afeganistão

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                                          Mulheres sem Rosto!


Rebeldes Talibãs executaram uma mulher acusada de adultério, em público, no distrito de Qades, no Afeganistão
Rebeldes talebãs executaram em público uma mulher afegã por um suposto caso de adultério, informou nesta segunda-feira a polícia local, trazendo à memória o período em que o grupo governou o Afeganistão. A vítima, uma viúva de 48 anos, recebeu dezenas de chicotadas antes de morrer baleada no remoto distrito de Qades, localizado na província de Badghis e sob o controle dos insurgentes, informou Abdul Jabar, funcionário policial local de alto escalão.
Um porta-voz dos talebãs, que lideram a insurgência contra o governo afegão e as forças estrangeiras, disse, porém, que não tinha conhecimento do incidente e que não poderia comentá-lo. O homem não identificado que manteve a suposta relação com a mulher fugiu.
- Ocorreu diante do público. Apesar de ninguém ter apresentado uma queixa, o governo tomará suas próprias medidas sobre o incidente – declarou o funcionário local Abdul Jabar.
Se for confirmada, a execução, que aconteceu no domingo, seria a segunda de uma mulher realizada por talebãs desde sua derrubada há nove anos. Outra mulher morreu anteriormente da mesma forma, acusada de ter espionado para as forças estrangeiras.

 





Uma mulher foi executada esse final de semana no Afeganistão por acusação de adultério. Ela estava grávida e foi torturada com várias chicotadas antes da execução.

Outra mulher foi morta a pedradas, também acusada por adultério, na Somália, em 2008.

Longe de um passado primitivo e distante, o sangue derramado pela irracionalidade das pessoas parece continuar aumentando nos dias de hoje. Essas são mortes totalmente evitáveis - mortes desnecessárias, geradas por costumes e preconceitos cruéis. Além disso, o pensamento irracional tem sérias consequências para o sofrimento humano, a saúde pública e a liberdade individual.
Naturalmente, complexa , irremediavelmente complicada.
Se chove ando sem sombrinha, se faz sol quero usar.
Falo quando é para calar e calo quando é para falar.

Acredito que, substancialmente o feio é belo e o belo é feio.
Discordo das vozes, concordo plenamente com os pensamentos.
Compreendo todo mundo, mas não me entendo nem um pouco.

Prego que a maior semente de alguma coisa é o nada.
Construo paredes de sonhos desfeitos.
E faço reformas com base em novas ilusões.

Fico cega quando há luz e enxergo na escuridão.
Tenho medo dos bons e coragem perante os maus.
Choro em momentos felizes e sorrio em outros difíceis.

Primo que a dor está na beleza e que a beleza está na dor.
Onde está a beleza?
- No mistério da complexidade e na autenticidade do contrário senso.
Onde está a dor?
- Na imutabilidade de um complicado irremediável e na
Incompreensão das peculiaridades alheias.

Mulheres sem Rosto! - Lei da Sharia -


Agora que o regime de Obama está tentando, não tão secretamente, fechar acordos com os terroristas talibãs, a vida das mulheres afegãs nunca esteve em tão grande perigo
Do blog BARE NAKED ISLAM







Os talibãs esmurraram a porta por volta de meia-noite, exigindo que Aisha, de 18 anos, fosse punida por fugir da casa de seu pai. Aisha se defendeu dizendo que família de seu marido a tratava como escrava. Eles batiam nela. Se não tivesse fugido, teria morrido. Seu juíz, um comandante local do Talibã, não se comoveu. O cunhado de Aisha a segurou no chão, enquanto seu marido puxou uma faca. Primeiro, ele cortou fora suas orelhas. Depois, ele passou ao seu nariz.Isto não aconteceu há dez anos atrás, quando o Talibã controlava o Afeganistão. Aconteceu ano passado




Mas as afegãs temem que, na busca por uma paz rápida, seu progresso possa ser interrompido. "Os direitos das mulheres não podem ser o sacrifício pelo qual a paz seja alcançada," Para as mulheres do Afeganistão, uma retirada precoce das forças internacionais pode ser desastrosa.







Em um programa recente, um convidado contou uma piada sobre um grupo estrangeiro de direitos humanos no Afeganistão. Nas cidades, o grupo percebeu que as mulheres andavam seis passos atrás dos maridos. Mas na província rural de Helmand, onde o Talibã é realmente forte, eles viram uma mulher andar seis passos adiante.







Os estrangeiros se correram para parabenizar o marido por seu nível de esclarecimento [enlightnenment] - no que foram informados de que ele punha sua mulher na frente porque eles estavam andando em um campo minado. Enquanto a platéia caía na gargalhada, Jamalzadah refletiu que pode levar cerca de 10 a 20 anos até que as mulheres afegãs possam realmente andar ao lado dos homens. Mas quando isto acontecer, ela acredita que todos os afegãos se beneficiarão.










“Quando falamos dos direitos das mulheres," diz Jamalzadah, "estamos falando sobre coisas que são importantes para os homens, também - homens que querem ver o Afeganistão ir para frente. Se você sacrifica as mulheres para fazer a paz, você também vai sacrificar os homens que as apoiam e abandonar o país para os fundamentalistas que causaram todos os problemas, em primeiro lugar." TIME
A semana está chegando na metade, mas parece que o pessoal mal pode esperar para a Sexta Insana. Assim, ficam contribuindo com barbaridades e tosqueiras tão absurdas que dizer What The Fuck torna-se algo comum. Um exemplo disso é a nova lei proposta naquele lugarzinho lindinho e maravilhoso chamado Afeganistão, onde maridos poderão privar suas esposas de alimento caso elas se recusem a ter relações sexuais. Em resumo, se eu não posso comer, você também não pode. Não é maravilhoso esse lugar?
A maioria da população é bem pobre, muitos analfabetos; boa parte nem televisão tem e não é estranho saber que quase ninguém sabia dessa lei. Alguns homens acham legal, maneiro, outros não estão nem aí, pois confiam no seu taco (sem trocadilho). As mulheres são conformadas, pois segundo elas, o Islã é assim mesmo, onde uma mulher vale menos que um camelo.
O mal das teocracias é esse: as pessoas são regidas por leis mais velhas que a minha avozinha, escritas por gente que ninguém sabe quem foi e, muitas vezes, são apenas tradições e não leis especificamente escritas (de qualquer forma, com o imenso grau de analfabetismo, que diferença faz?).
Acharam que depois da intervenção americana, o Afeganistão – um lugarzinho medíocre que pode ser tido como o recanto anal do planeta – iria voltar-se pra modernidade. COMO? Com uma religião mais do que fundamentalista, onde mulheres não possuem permissão pra fazer nada sem autorização do marido, onde a Sharia é quem dita as ordens e a “tradição” de tratar mulheres como lixo é palavra de ordem da população, como vão fazer aquele lugar onde Judas perdeu as cuecas se modernizar?
A ignorância do povo é algo soberbo e, como a maioria dos religiosos, eles não conhecem a própria religião e nem o que ela dita. No Alcorão diz que, caso você tenha duas mulheres, ambas terão que ser tratadas da MESMA forma. Assim, se você der 1 quilo e trezentos e 65 gramas de ouro pra uma, a outra pode reivindicar a mesma quantidade, nem mais nem menos. Mas a ignorância predomina, e as mulheres são proibidas de frequentar escolas. Daí, o que acontece? Elas não sabem dos próprios direitos. Você está rindo ou balançando a cabeça fazendo tsc tsc? Não deveria, pois o mesmo acontece aqui no Brasil, onde o brasileiro não conhece seus direitos e boa parte é composta por um bando de alienados desinformados e, pior!, não querem saber de nada. Aguardem que daqui a 6 meses tudo o que está rolando no Senado Federal foi esquecido. Lembrem-se que, apesar de tudo, elegeram Fernando Collor como senador da república. Que tal isso?
Mas isso não é uma exclusividade do Brasil. Somos apenas uma representação do que acontece no mundo. O ser humano não muda. Passado o oba-oba do 11 de setembro e a invasão do Afeganistão, o que se resolveu? Nada! Bin Laden ainda está lá, no seu cafofo (morando com a Jurema?), e sequer foi – e duvido muito que algum dia o seja – visto por aí. Passada a comoção inicial, tudo voltou ao que era e não será um marco no local do World trade Center que trará as pessoas de volta ou aplacará a dor dos familiares. A vida segue. Assim, as tropas foram embora e o Afeganistão continua o lixo que sempre foi.
As mulheres possuem direitos segundo o próprio Islã. Direitos que a maioria delas não reivindica, dada a sociedade machista e violenta, sendo melhor calar a boca e ficar na sua. Mas isso não é apenas no Afeganistão, em todo Islã é assim, como em Riad, Arábia Saudita, onde até pouco tempo os cinemas estavam fechados e somente porque um príncipe é dono de um estúdio é que a ida ao cinema foi permitida, mas apenas aos homens. Mulheres, não.
O Afeganistão é muito atrasado e violento. Não é como no Quênia, onde a mulherada se uniu contra a a onda de violência que afetou o país depois das eleições de 2007 de lá. O que elas fizeram? Simples! Fizeram algo bem efetivo: declararam greve de sexo, ou seja, nada da onça beber água, afogar o ganso e muito menos descabelar o palhaço. Secura total! Mas o Afeganistão é algo PIOR que o Quênia. Um lugar onde atentados terroristas de homens-bomba não cessaram. Homens que se matam em glória de um deus que proíbe qualquer tipo de suicídio, seja por qual motivo for. É a ignorância a serviço da estupidez humana de nome “política”, usando uma camada pra lá de estúpida, uma massa bovina totalmente idiotizada, graças ao fundamentalismo acéfalo em que os líderes ficam seguros e mandam a peãozada se matar.
 
Afeganistão. Um país onde democracia é considerada como sendo uma forma de depravação da moral. Democracia, para aquela gent ignorante e digna de pena é a falta de pudor e a ausência de religião, e que por causa disso a insegurança aumenta a cada dia. Mas a insegurança é causada exatamente pelo excesso de religião. Não de religiosidade, o sentimento de comunhão com o Cosmo, com poderes sobrenaturais ou supranaturias ou qualquer coisa nesse sentido. Mas tão somente a religião: o braço político que usa um povo rude e iletrado segundo sua vontade.

Quais mulheres são livres da escravidão aos olhos dos homens?

Lembro-me de, em um domingo à tarde, ver no programa do Faustão, após uma rápida reportagem mostrando como viviam as mulheres no Afeganistão, o apresentador trazer uma burca e vestir em uma das dançarinas do programa. Todos ficaram indignados ao ver como uma mulher tinha que se vestir naqueles países de religião muçulmana. Alguns entrevistados falavam: “é um absurdo uma mulher ter que se submeter a este tipo de veste por causa de uma religião (sociedade)” e uma mulher que estava perto de mim falou “elas se tornaram escravas por causa dos olhos dos homens”.

Mesmo não concordando de forma veemente com o jeito de vestir que a religião/Estado exigem das mulheres mulçumanas, pensando bem, não sei se o Brasil é muito diferente do Afeganistão. Acho que são dois lados de uma mesma moeda!
Em países de religião/Estado mulçumano, as mulheres têm que cobrir o corpo todo até a cabeça. Na maioria das vezes só ficam os olhos de fora, e que olhos! Isso vem de regras oficiais do Estado e da cultura local.
Eu sempre entendi que, na história, as mulheres “pagaram o pato” por causa dos homens. Por causa dos olhos, ou melhor, da mente dos homens, quem tinha que mudar era sempre a mulher. Até porque, Jesus não falou: se o teu olho te faz pecar, arranque o que você viu e te tentou e, olhe de novo!
Lembro-me de um acampamento, quando era adolescente, onde as meninas só podiam ir para a piscina de maiô e camiseta. Eles alegavam que se não fosse assim, estariam induzindo os homens a pecar. Na entrada da piscina tinha uma placa grande: Só é permitido roupa de banho de uma peça (maiô)! Eu e os meus amigos brincávamos: Eba! Então vai ter topless!!!
Mas por outro lado, temos que entender que esta escravidão das mulheres por causa dos olhos dos homens pode refletir de outra forma.
Voltando ao programa de TV, como era patético ver as outras dançarinas seminuas, indignadas por existirem mulheres que se vestem daquele jeito por causa de uma sociedade machista que imprime na mulher o jeito que ela tem que se vestir para ser aceita. Elas mal perceberam que aqui no Brasil a base do problema é a mesma, só que se reflete de forma contrária.
Dançarinas de programas de auditório, cantoras de bandas de axé, “funkeiras”, atrizes nuas na Playboy e uma infinidade de profissões, refletem a escravidão da mulher no Brasil que tem que mostrar o corpo para ser valorizada. Não percebem que a sociedade capitalista machista em que vivemos, fala com palavras bem claras: Mulher boa é mulher que tira a roupa!
Quando a dançarina do Faustão tirou a burca e ficou com sua sainha minúscula e seu bustiê, aí sim todos nós sentimos que ela voltou a ser livre de novo, livre de ser uma escrava dos olhares dos homens, livre de uma sociedade machista escravizadora.
Mas parando para pensar, lá no fundo da alma, me pergunto. Será mesmo?